terça-feira, 6 de agosto de 2013

O que são DSTs/ISTs?

           DSTs é a abreviatura de Doenças Sexualmente Transmissíveis (ou ISTs que são Infecções Sexualmente Transmissíveis). Como o próprio nome já diz estas doenças/infecções são transmitidas, primordialmente, por contato sexual sem o uso de camisinha com uma pessoa que esteja infectada. Estas doenças se manifestam por meio de feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas na região genital ou em outras partes do corpo. Algumas DSTs são de fácil tratamento e de rápida resolução,  entretanto outras têm tratamento mais difícil ou podem persistir ativas, apesar da sensação de melhora relatada por pacientes. Existem diversas doenças transmitidas pelo sexo e entre elas se destacam a AIDS, gonorreia, sífilis, candidíase, tricomoníase e herpes. Vários são os agentes transmissores destas doenças, como vírus, bactérias e protozoários e vale ainda destacar que nem todas estas doenças são transmitidas pelo contato sexual, podendo ser repassadas por via congênita (mãe para o filho) ou por transfusão de sangue, por exemplo.
               Uma das doenças que pode ser transmitida tanto por contato sexual quanto por contato com as feridas ou secreções de pessoas infectadas é a Herpes. Confira alguns detalhes desta doença tão recorrente na sociedade.
                  
            Obs: IST e DST não são sinônimos. A segunda  (Doença) é uma consequência da primeira (infecção), ou seja, é possível estarmos infectados e não desenvolvermos a doença ou termos uma doença devido à uma infecção. Desde 1999 a Organização Mundial de Saúde recomenda o uso de IST, já que esta é mais abrangente.

Herpes



               Herpes é uma doença contagiosa causada pelos vírus Herpes Simplex 1 (HSV1) e 2 (HSV2). Esta é uma doença caracterizada pelo aparecimento de pequenas bolhas, ou vesículas, que afetam principalmente a região dos lábios e a região genital.




Figura 01: Herpes simplex labial. Disponível em:< http://www.dermatologia.net/novo/base/doencas/herpeslabial.shtml> Acesso em: 10 Jul. 2013

Figura 02: Herpes simplex genital. Disponível em:< http://biossegurancanarede.blogspot.com.br/2013/05/o-que-e-herpes-simples.html> Acesso em: 10 Jul. 2013

               Seguir os tradicionais hábitos de higiene é uma das principais recomendações para quem deseja ficar longe do Herpes. Podendo ser de dois tipos: o Herpes Simplex, labial e genital, ou o Herpes Zoster, que acomete geralmente a região do tórax. “O Herpes é uma doença muito comum no nosso meio. Pode ser causado por vírus do tipo HSV-1 no Herpes Simples da face e tronco, HSV-2 no Herpes Simplex genital e VZV (Varicela zoster vírus) no Herpes Zoster”, explica a dermatologista Juliana Muggiati Sípoli, da Clínica Millenium. 
               Sabe-se que o herpes simplex representa a doença viral mais comum no homem moderno, sem contar com as infecções respiratórias. Em pacientes imunocomprometidos, as infecções herpéticas podem provocar severas complicações. O herpes simplex também é classificado como doença sexualmente transmissível.
               Os sintomas mais comuns desta doença são coceira, ardor e formigamento no local onde irão surgir as lesões. As pequenas bolhas vão se se enchendo de um líquido claro ou amarelado que é liberado quando as bolhas se rompem.
               As lesões recorrentes do herpes simplex são altamente contagiosas para os pacientes e todos que entrem em contato com as secreções, mesmo após alguns dias de regressão das lesões, sendo tão freqüente – entre 40 e 75% dos adultos apresentam lesões herpéticas recorrentes – não só pela falta de diagnóstico correto em todos os casos, mas, provavelmente, porque não é tratado de forma adequada em todos os pacientes e em todos os episódios da doença, independentemente da especialidade médica e odontológica em que o paciente se apresente para ser atendido.


               No herpes-zóster, popularmente conhecido como cobreiro, as pequenas vesículas que se formam na pele acompanham o trajeto das raízes nervosas numa faixa que pega geralmente uma única região do corpo.





Figura 03: Manifestação clínica da herpes zoster. Disponível em:< http://drauziovarella.com.br/letras/h/herpes-zoster/> Acesso em: 10 Jul. 2013




Figura 04: Manifestação clínica da herpes zoster. Disponível em: <http://drauziovarella.com.br/letras/h/herpes-zoster/>. Acesso em: 10 Jul. 2013

Os tipos de Herpes

Cerca de 90% da população adulta já entrou em contato com o vírus da família Herpeviridae, mas apenas 1% apresenta recorrência da doença. (LEWI, 2009)
              Entre suas diferentes denominações, o vírus possui três subtipos: herpes simplex 1 e 2 e varicela-zóster. O simplex tipo 1 atinge principalmente os lábios, manifestando-se por meio de feridas e bolhas agrupadas, que lembram um cacho de uvas. Há ocorrência desse tipo viral também na face e no nariz. Já o simplex 2, muito semelhante ao tipo 1, promove lesões na região genital. (LEWI, 2009)
               O varicela-zóster é o causador da catapora – doença típica da infância – e pode ser prevenido por vacina. Muitas vezes, nos adultos que tiveram a doença quando crianças, o vírus pode voltar a se manifestar por meio de vesículas em algumas terminações nervosas no tórax, costas, abdome ou rosto. (LEWI, 2009) Quando isso ocorre o efeito é avassalador. Seu primeiro indício é uma hipersensibilidade na pele, seguida da erupção de feridas. Pode ainda levar à nevralgia pós-hérpica, ou seja, mesmo após o desaparecimento das lesões pode haver uma inflamação dos nervos, provocando dores. (LEWI, 2009)

Herpes simplex labial e genital

               A herpes simplex é uma doença que aparece em surtos, por isso é chamada de “gripe da pele”, porque vai e volta. O Herpes Simplex, seja labial ou genital, é adquirido por contato direto com uma pessoa contaminada, seja por contato pessoal ou em relações sexuais. É importante ressaltar que as chances de transmissão são bem maiores se a pessoa infectada pelo vírus estiver com lesões ativas, mostrando que mesmo que a pessoa não possua feridas ativas o vírus pode, ainda assim, ser transmitido.


Figura 05: Herpes Labial. Disponível em: < http://www.doctoruro.com.br/?page_id=340>. Acesso em: 10 Jul. 2013




Figura 06: Lesões no períneo feminino. Disponível em: < http://www.doctoruro.com.br/?page_id=340>. Acesso em: 10 Jul. 2013


Figura 07: Lesões no pênis. Disponível em: < http://www.doctoruro.com.br/?page_id=340>. Acesso em: 10 Jul. 2013

Herpes zoster

               A herpes zoster acomete os nervos e a pele, causando dor terrível, principalmente em pessoas com baixa imunidade. Geralmente ataca os nervos que ficam entre as costelas (na horizontal) e o nervo trigêmeo da face, a partir da orelha. Pode durar de quatro a seis semanas, mas a dor permanece por meses ou anos. Entretanto, ao adquirir esta doença, a pessoa adquire imunidade contra a mesma.
               No Herpes Zoster o que ocorre é a reativação do vírus da varicela (ou catapora) que a pessoa já havia adquirido (provavelmente na infância). Tanto os vírus do Herpes Simplex como o do Herpes Zoster ficam latentes nos gânglios linfáticos de forma que se há uma queda da resistência imune por ocasiões como febre, trauma, quimioterapia stress, entre outros, o vírus volta a se multiplicar, recomeçando o surto. O Herpes Simplex tende a ter recorrências freqüentes, enquanto o Herpes Zoster raramente recorre. 


Figura 08: Manifestação clínica da herpes zoster. Disponível em: <http://drauziovarella.com.br/letras/h/herpes-zoster/>. Acesso em: 10 Jul. 2013


Figura 09: Manifestação clínica da herpes zoster. Disponível em: <http://drauziovarella.com.br/letras/h/herpes-zoster/>. Acesso em: 10 Jul. 2013



Figura 10: Manifestação clínica da herpes zoster. Disponível em: <http://drauziovarella.com.br/letras/h/herpes-zoster/>. Acesso em: 10 Jul. 2013

Como previnir o Herpes


           Para se prevenir de se infectar por herpes, devemos ter alguns cuidados, principalmente já que não há vacina para a mesma: cuidado dos profissionais da saúde, que devem usar equipamentos de proteções individuais; pessoas com lesões genitais ativas devem evitar o contato sexual até que as lesões estejam completamente cicatrizadas; higiene pessoal da pessoa infectada e seus próximos; de maneira geral, deve-se evitar contatos entre membranas mucosas e objetos compartilhados.

Figura 11: Informações sobre Herpes. Disponível em:<http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2012/03/remedio-aplicado-na-hora-certa-inibe-reproducao-do-virus-do-herpes.html> Acesso em: 30 Ago. 2013